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sábado, 16 de janeiro de 2021

Matakabra "Mordaça", primeiro single do DVD ao vivo gravado no Festival Abril Pro Rock.

Matakabra disponível primeiro single do festival Abril Pro Rock "Mordaça" dispoinivel em todas plataformas digitais. De 2015 pra cá, com a vontade de deixar sua marca na música nacional e o sonho de conquistar os grandes palcos do Metal, a Matakabra construiu uma história que é a prova de sua força de vontade. Possui uma turnê e várias mini tours pela região Nordeste, onde é bastante reconhecida pelo público fiel das cidades que passou, além de em seu percurso possuir apresentações em festivais como o Grito Rock João Pessoa (2018), Abril Pro Rock (2018), Garage Sounds (2018/19). Suas músicas são uma síntese do processo histórico da Cena Pesada de Pernambuco. Na sonoridade possui influências fortes da Música Extrema, que esquentam o caldeirão de uma percussividade regional ao que há de mais moderno e contemporâneo no seu estilo. Dessa forma, forjam o que denominam como Metal Bruto de Recife. O que chama mais atenção para além do paradoxo contido na sua brutalidade sonora, trabalhada de maneira tão sutil em seu técnico e frenético instrumental, é a mensagem da banda. Todos lançamentos são um manifesto. Com o Prole (2016) fez sua primeira denúncia, pois “o casamento realizado pelo Poder Econômico entre o Estado e a Mídia gerou incontáveis frutos. Os excluídos do consumo, da educação e das leis, são exibidos em um show de horror como a causa dos Pesadelos e perigos da vida em sociedade. Executados pela força repressora do Estado e pelas suas políticas negligentes, são uma Prole maldita que se reproduz a cada noticiário, capa de jornal e narrativa mórbida da rádio matinal.” O lançamento rendeu a Prole Maldita Tour, sequência com mais de 20 shows espalhados em 7 estados do Nordeste. Com o Marginal (2017), seu segundo trabalho em estúdio, deu continuidade a ideologia trazida no Prole e fez ressoar o seu grito anti racista como um imperativo contra a crise social, moral e política que já se desenhava na época. Lançado no Dia da Consciência Negra teve seu auge com o lançamento do clipe Ogum no Açoite (2019), uma metáfora. “Um Orixá guerreiro, lutador e vitorioso que representa a resistência do povo negro diante do sofrimento ao longo de sua história e dos perigos ainda presentes. Em sua busca pela verdade, igualdade e justiça, a dor existe, sua cultura resiste e a exploração de sua força trabalho ainda persiste.” “Esforços de uma vida inteira, sem esperança de liberdade e igualdade. - Qual a escravidão pior? São riquezas que transformam o homem, é racional.... ...até nos dias de hoje Não há escravidão pior!” Em sua voz consegue condensar com clareza uma mensagem extremamente potente. Pois as letras, talhadas em versos tão viscerais, são cantadas de maneira que extrapola o sentido contido na semântica de suas estrofes. Os gritos, ou guturais como as vozes são definidas em seu estilo, trazem com grande nitidez uma carga afetiva que desperta uma sensibilidade impossível em qualquer outro tipo de música, tocando de maneira completamente inesperada quem os escuta. Atualmente, entre a pré-produção de um novo single/clipe e o planejamento de seu primeiro álbum, os músicos Rodrigo Costa, Rafael Coutinho, Fernando Marques e Theo Espindola se dividem entre as demandas materiais de sua vida e o desejo de espalhar sua mensagem pelo mundo.

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